BIO

Versão curta

Release:

Frederico “Kiko” Ciociola nasceu dia 02/11/73.

Começou a tocar bateria 1990 anos depois de ter feito parte da fanfara da escola.

Estudou com Carlos Salles (BH), Zé Nazário (Pouso Alegre), Carlos Ezequiel e Ivan Busic no Conservatório Souza Lima – Jardins – SP), Adriano Martins (SJDR), Gabriel Cobucci (SJDR) e atualmente com Bruno Soares (UFSJ)

Professor de bateria na Soarte centro musical em Lavras – MG. 2014-hoje

Bandas atuantes:

Aneurose (metal)
Tanto Jazz (jazz/mpb instrumental/fusion)
Cellos In Música (instrumental- temas de filmes, séries, desenho animados e rock)

  Participações  e gravações

Várias demos tapes registradas em fitas cassetes e CDr´s

3 CDs  “full-leght”

– Inocentes álbum Labirinto 2004
– Expulser álbum Haeresis 2006
– Aneurose – Jugernaut 2016

Publicação de matéria conjunta na Modern Drummer magazine onde também apareceu como destaque numa secção inicial.
                Publicação de artigo sobre dois bumbos em sites especializado e sites genéricos.
Leciona desde 1998 e criou um método de ensino no ano de 2000 e atualmente está finalizando um método sobre dois bumbos (minha especialidade). 

              Organizador de dois workshops de bateria: Daniel Moscardini e Braulio Mayrinc.
                Atua como palestrante em   “hora de ensaio/hora de show”.

Foi o Idealizador e um dos organizadores do Encontro de Bateristas que ocorre na semana do Playing for a change day (setembro) por 7 anos consecutivos com ajuda de algumas pessoas!

Atualmente estuda educação musical na UFSJ.

 

 

Versão extendida

Kiko começou seus estudo de bateria com Vicente em Lavras onde teve o primeiro contato com o método de bateria do Gene Krupa. Depois de mudar-se para BH, Estudou com Dudu Batera por alguns meses e depois com Carlos Salles, com quem aprendeu a ler e escrever partituras para bateria.  Durante quase um ano de aulas(Com Carlos Sales), sempre levava seu caderninho com as partituras da sua primeira banda autoral, chamada No Body (esse nome era a ideologia que a banda tinha na época. Mais ou menos significando que o que importa sempre é o que você pensa, e não como você é, como está vestido, a cor da tua pele ou o que você tem).
Após voltar pra Lavras, começou a estudar com Zé Nazário quinzenalmente. Em Pouso Alegre com quem teve seu primeiro contato com alguns rudimentos e técnicas de mão.  Nesse período, entrou para uma banda de Death Metal chamada Expulser, e montou paralelamente algumas bandas pra tocar em barzinhos. Algumas delas foram: Urublues, Descendentes de Caim e Saci Lambão,  Pais de Alice  entre ourtas. Depois mudou-se para São Paulo e começou a estudar (como bolsista) no Conservatório Souza Limas (Jardins), com Carlos Ezequiel e eventualmente teve algumas aulas com Ivan Busic, onde começou a ter um contato mais amplo com relação a música. Teve aulas com Ciro Visconti, Joe Mograbhi, Miguel Laprano, Ana Maria, e teve vários projetos: Tetraktys (rock and roll), Blinda(metal melódico), Putrefactor (Thrash metal), Blues from Hell(Blues), Lyric Flames(Heavy metal com vocal lírico), K-tranc (sk8 rock)  e em uma apresentação  que o conservatório produziu em Limeira, trazendo o lendário baterista do Kiss, Eric Singer pra poder participar, Kiko participou tocando com 3 bandas de estilos diferentes. Nesse evento, quem estava apresentando era Clemente Nascimento, guitarrista e vocalista da banda de punk rock paulista Inocentes, que estava a procura de um baterista. Clemente estava dando um curso de produção musical no Conservatório e assim pode conversar melhor com Kiko e marcaram um ensaio pra teste. Nesses ensaios Clemente disse que os Inocentes faziam uma brincadeira e as vezes tocavam só The Clash e que tinha um show que iria rolar assim (pra fazer teste). Porem, uma semana depois mudou para as músicas do Inocentes. E ficou assim durante quase um mês. Chegou o dia do show, e eu lá, nervoso, querendo fazer minha parte o melhor que podia, viajando com 3 caras que fizeram (e ainda fazem) parte da história do rock nacional. O repertorio decido pro show, nas duas últimas semana foi o do The Clash, mas chegando na cidade (São Carlos), o produtor local disse que TINHA DIVULGADO INOCENTES. Clemente só olhou pra mim e riu e perguntou se rolava e eu disse que sim. Chegando no local, fui pro camarim, peguei o fone de ouvido e comecei a escutar as musicas dos Inocentes ate a hora de subir no palco e depois disso. Foi só “ um do trê quat.”. Durante esse show toquei algumas musicas com eles que nunca tínhamos ensaiado. E claro, errei varias coisas. Me lembro do Clemente virando pra trás e perguntando se eu sabia tocar uma música e eu não me lembrava dela, apenas que começava com guitarra. Falei isso pra ele e ele disse que sim e eu disse… Vai!
Depois do show, eu estava mau pois tinha errado muito mais do que de costume e não tinha ficado satisfeito com o show. Desmontei minhas coisas, guardei e fiquei na minha, no meu canto, chateado pois pra mim aquele show seria o único que eu faria com eles.  Entramos na van e na volta, o Clemente virou pra mim e perguntou porque eu estava chateado. E daí começou a fala que realmente me jogou numa fogueira, porque queria ver como eu ia me sair. E que na hora que ele virou pra trás e perguntou se eu “ia” e eu disse “vai”, ele sacou que poderia contar comigo. Eu estava sendo um side man da banda. Tocava com eles, mas ainda não fazia parte dela. Mas após alguns shows, o convite para fazer parte aconteceu. Nos primeiros meses com os Inocentes, aconteceu de tudo comigo e foi um aprendizado brutal. Tocamos ao vivo nas rádios Kiss FM e 89 A Radio Rock, participamos do finado programa Bem Brasil na Tv Cultura junto com Ira, tocamos em vários Sescs, participamos de festas de fim de anos das principais rádios de SP e tocamos em teatros grandes e pubs de rock. Fizemos uma mini turnê com os Ratos de Porão  pelo interior de SP. Nessa época consegui um apoio dos pratos Orion que me forneceram um belo kit.
Paralelamente aos Inocentes, continuei tocando com varias bandas e a principal  sem ser os Inocentes, era o Expulser,  onde estavam fazendo a pré-produção do CD. 

O Expulser não tinha grana pra gravar o álbum que já tinha muitas músicas prontas. Tentamos negociar com a Cogumelo Records mas sem sucesso. analisamos outras propostas de outras gravadoras, inclusive algumas fora do país mas também não teve acordo e acabamos por fundar a DESSE JEITO RECORDS pra podermos lançar o Haeresis. Esse álbum foi gravado de tantas formas  quanto foi possível. Depois de muito preparo, conseguimos com a ajuda do amigo Paulo Henrique Celani, gravar a bateria.

Me lembro até hoje. Separamos um sábado e um domingo pra podermos fazer a gravação pois eu estava morando em SP. 

Cheguei na sexta feira e montamos a bateria toda na sala de estar da casa dele, afastamos os móveis e montamos tudo lá. Se não em engano tinha dois painéis sonoros lá. A bateria que eu tinha na época era uma Odery, feita sob encomenda pra mim. Ela era amarela com fade pro preto. Animal. O bumbo de 22″, tons de 10″, 12″ e 14″  com dois surdos, de 16″ e de 18″. A caixa era uma 14x4 de madeira. Usava um pedal duplo DW5002AD3. Sempre achei legal tocar com  material  nacional e a odery estava chegando no mercado com tudo. O legal é que o pessoal da Odery gostou tanto da minha batera, com o acabamento que eu escolhi, que utilizou ela como página central do seu primeiro folder. Voltando a gravação, as 8 da manhã cheguei na casa dele. Acabamos de ajeitar e lá pelas 9:30 da manhã, começamos as gravações. Seriam registrados 11 músicas, então gravaria as mais  6 mais difíceis pra mim no sábado e deixaria o resto pra domingo. O plano era bom. Apanhei um pouco pra fazer a gravação. Não tinha experiencia. Não tínhamos guia e era tudo tocado ao vivo pelo Guitarrista Weber “Kureba” Daehamon. Tive a sorte de gravar 2 músicas sem erros mas as outras 4 tive que continuar de certa parte e chegar até o fim. No final do dia, começamos a ter um problema com o PC da gravação. Assim acabamos o dia lá pelas 18:30 e deixei o Paulo lá pra resolver o problema. No outro dia cheguei as 8:00 pois queria escutar o material gravado no dia anterior. E foi quando Paulo me disse que tinha perdido todo o material gravado no dia anterior. Era domingo, num bairro familiar, e só poderíamos começar a gravar mais tarde. E assim foi feito. Fiquei preocupado mas fomos em frente. Gravei todas as música naquele domingo. De novo errei várias partes onde tive que emendar as gravações mas como diria meus conterrâneos, “carro apertado é o que canta”. Deu tudo certo e o resultado dessa gravação voces podem conferir no meu canal do youtube, nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=adyfn9Hf5Nk&t=1436s

 A continuação da gravação se daria meses depois, sendo gravado o baixo e um das guitarras no quarto do Weber, no banheiro de uma casa em construção, e na sala de estar de José Luciano Bougleux. Conseguimos lançar o disco apenas em 2006. Montamos estratégia de divulgação. Mandei mais de 50 “Kits promocionais” para um monte de revistas, zines e sites e tivemos um bom retorno. O mais inusitado foi uma resenha na Malasia, lembrando que naquela época, enviamos os kits promocionais pelo correio, pra “grande Europa”, alguns países do ocidente da ásia, Austrália, EUA e africa e garanto, dá muito orgulho de receber uma nota 9,5  no lançamento do cd da sua banda numa revista onde Cannibal Corpse também recebeu 9,5 no lançamento do cd deles. 

Depois de algum tempo acabei voltando pra Lavras por motivos particulares e acabei deixando de tocar com os Inocentes. Vários fatores aconteceram para que isso ocorresse e nenhum dele foi treta com banda ou por parte musical. 

mais pra frente, recebi uma proposta pra ir fazer um som com o amigo Wenderson que morava na Flórida e pra lá fui. Acabou não sendo o que eu esperava mas fizemos vários shows bem legais e o expoente foi abrir um show do Kamelot, no Culture Room.  Tenho lembranças de uma gravação que vou me recordar muito feliz pra sempre. 

Uma das coisas que passei por lá e que “me abriu os olhos”, foi num show onde tinha dois headlines, que não importa agora.  6 bandas autorais de aberturas. Quando a primeira começou a tocar, tava tudo muito legal, o som, as músicas, a clareza do som, muito bom. Fiquei pensando com meus botões, A segunda banda tá perdida pra entrar depois deles pois tinha sido uma apresentação fodastica. Pois bem, a segunda banda entrou, e detonou tudo. Foi melhor que a primeira. E lógico já pensei na terceira banda. PQP… mais foda ainda… e assim foi a minha noite até chegar, banda após banda, cada uma mais foda que a outra… todas fazendo um som honesto, autoral e atual. Num lugar massa com som bom. E por últimos os dois Headlines. Bem… o primeiro headline foi terrível, os caras estavam visualmente mias bêbados do que deveriam, o som não estava tão legal e a apresentação da banda nao foi lá essas coisas. Faltou garra no palco, faltou atitude, e na minha cabeça, faltou verdade. A segunda Headline fez um show melhor, mas mesmo assim muito aquem das bandas de abertura, que tacaram fogo no lugar. Foda. 

Voltando para o Brasil…