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29/04/2020
Desde o começo dessa pandemia que assola o mundo, minhas aulas foram reduzidas pela inatividade. Eu e tantos outros profissionais liberais. Todos estão ficando malucos e sem rumo, um (des)governo que elege a duvida como processo de liderança não pode nos levar a lugar nenhum. 
Mas apesar de toda confusão e caos que tem reinado, tenho visto coisas diferentes.

Primeiro a acensão de “lives” nas mídias sociais e todos querendo ser a bola da vez. Uma infinidade de lives que sobrecarregam o serviço da internet e não permite que todos acessem de maneira igual. Um monte de gente se achando tão importante ao ponto de achar que todos querem saber o que eles estão comendo no cafe da manha, qual chinelo vai usar, e o que tem feito durante a quarentena. Um outro tanto de gente que não tem se preocupado com anda que tem rolado e tem levado a vida “numa boa” como se nada estivesse acontecendo. E ainda um grupo bem grande de pessoas que tem se achado esperto o suficiente que acham que vão conseguir “driblar” a covid, indo visitar amigos, fazendo festinhas “indoor” pra poucas pessoas.
Tenho reparado que um certo caos reina. A desinformação atinge a todos e acabam criando um panico geral. Acontece com todos e comigo não foi diferente. Tive que parar de ver notícias da minha cidade e do mundo.

“Tudo está mudando, tudo já está mudado” dizia o general no fim do filme “o Patriota”. 

Então só nos resta nos adaptar. A história mostra que o poder de adaptação está atrelado a continuidade da espécie e quem não se adapta, se extingue. 
Acreditando nisso, na primeira semana de isolamento, procurei me informar sobre equipamentos que pudessem me auxiliar nesse “Admirável novo mundo” que bate em nossas portas. E após alguns dias de pesquisa, investi numa Yamaha ead10. Uma caixinha que tem um sensor de dois microfones dentro que capta o som da bateria de uma maneira quase mágica. 
E assim que chegou,comecei a saga de gravação de material para meus alunos. 
A praticidade desse equipamento tem me auxiliado muito na produção de videos com um som muito legal.
E depois de mandar várias mensagens, consegui 3 câmeras emprestadas. Pronto. Agora vai..

E desde então tenho passado horas dentro do estúdio, gravando e depois no pc mexendo nos videos. Aprendi muito sobre edição, sobre luz, sobre como eu falo, como eu explico, como eu toco. Está sendo uma viagem muito proveitosa da minha parte.

Mas acredito que o melhor é que tenho conseguido me aprimorar, tanto quanto professor de bateria(em termos de didática) quanto como ser humano(que é o principal né?). 

E agora, depois de 4 semanas de gravações intensas, já consegui mais de 15 horas de vídeo aulas num estado bem avançado em relação a edição que deverá ser disponibilizada em breve pra vocês. 

Tenho ficado bem feliz com o resultado que tenho conseguido e me adaptado cada vez mais a esse novo mundo. 

Nos vemos em breve

Se cuidem e fiquem em casa!

 

 

 

Dia 25 de julho de 2019

FESTIVAL GIRLS ON DRUMS  – BH

Acordei cedo e organizei algumas coisas em Lavras, na casa de meus pais e depois do almoço segui de carro para BH. Dia bonito, estrada relativamente tranquila, cheguei em BH por volta das 17:00. por volta das 19:10 ja estava na porta, com um monte de gente e encontrei com o Salobrena, que conheci num show que toquei com a Aneurose e ele com o Thuata de Dannan. Ficamos trocando ideia sobre batera e tal até que reconheci um batera de um grupo de Whatsapp da Days music Store. Era o Vitek e claro fui lá trocar uns dois dedos de proza com ele.

Ficamos conversando até a abertura da casa onde também acabei encontrando a Julia Baat(Que também é parceira woodlaw).

troquei meu ingresso por uma pulseira numerada(para o sorteio) e adentrei a casa de show A Autêntica. O palco, que tem uma boa altura, estava com 4 baterias montadas.

A primeira a se apresentar foi Brenda Marques (Banda Ablusadas e Cáustica) que tocou com bastante energia. Mesmo com um problema no playback para o público, tocou super de boas  e foi musical.

A segunda a se apresentar foi Amanda Barbosa e que trabalha tanto nas vertentes de música erudita e  de música popular. Amanda,  e com uma técnica em dia, tocou muito solta, com muitas frases musicais e brincando com o tempo. No set list estavam música de Benny Greb e Anika Nilles.

A terceira a se apresentar foi a Ellen War, que tocou músicas da sua banda de metal Rebotte. Tocou bem e mostrou controle das técnicas necessárias para o estilo. Mandou pedal duplo com pausas, “tupa tupa e Patu patu” como manda o figurino e sempre com muita energia.

Depois veio a Izabela Dias, que tocou músicas da sua banda Immortal Opus, inclusive tocando músicas ainda inéditas da banda acompanhada apenas da orquestra base. Mandou bem demais e também mostrou controle das técnicas necessárias ao estilo. Sempre com muita energia, levantou a galera toda.

Por último veio a Vera Figueiredo. O que eu poderia dizer sobre essa rainha? Elá é simpática, clara, toca um absurdo e é muito gente fina. Chegou tocando uma música que ela gravou com o guitarrista Mike Stern usando as vassouras e depois foi pras baquetas. Domínio completo do instrumento com uma musicalidade de anos de experiência. Depois tocou outras músicas de sua autoria, sempre respondendo a perguntas e mostrando na prática o que fazer. mandou de tudo um pouco, Músicas tranquilas, mais enérgicas, músicas nacionais, músicas gringas, fusion, samba, bossa, pop e ainda mostrou o uso do pedal duplo de maneira muito versátil, com uma pegada de quem conhece o estilo (tendo em vista que a maioria das participantes tinham usado o pedal duplo(ou dois bumbos).

O evento em si, foi fantástico. A organização mandou bem demais e a escolha das bateristas também foi bem legal e eclética, abrangendo vários estilos e linhas de raciocínio. A ainda contou com a cereja da festa que  foi a Vera Fiqueiredo.  O som no local estava bom e apesar de alguns contratempos no som, todas puderam se apresentar, responder as perguntas e falar um pouco sobre seus trabalhos. Rolaram vários sorteios(inclusive eu ganhei uma capa protetora de pratos de 16″) .

O único senão foi o público. Numa cidade como BH,  que tem aproximadamente 1.400.000 habitantes, juntar apenas umas 120 pessoas pra um evento desse porte é lastimável. Nós, bateristas precisamos com urgência começar a fazer a nossa parte e ir nos eventos que temos do nosso instrumento. mesmo que não seja do nosso estilo. nesse lugares trocamos informações, vemos outros pontos de vista e sempre aprendemos muitas coisas novas e que vão agregar no nosso play.  Então, quando tiver evento na sua cidade, use a desculpa do evento para não ir a nenhum outro lugar e não fazer o contrário, usar qualquer desculpa para não ir ao evento.  A nossa classe de bateras só tem a ganhar em todos os sentidos. virão mais marcas, mais material e mais workshops e quem sabe, num futuro próximo, poderá vir aquele batera tão fodão que você é fã.

Valeu Days Músic Store, Pearl, Mapex, e todos os outros patrocinadores do evento. Agradeço o incentivo e apoio.